8 de jul. de 2012

"– Triste distração em que não se acha a felicidade...
– Mas por acaso consegue a gente achar a felicidade?
– Sim, há lá um dia que topamos com ela. Um dia, assim de repente, quando já desesperávamos  de encontrá-la. Abrem-se então os horizontes, e é como se uma voz brandasse: " Ei-la!". Sente-se uma necessidade de fazer-se a pessoa confidência da própria vida, de se lhe oferecer tudo, de tudo sacrificar por ela. Não a explicamos, adivinhamo-la. Entrevemo-la em nossos sonhos. – E ele tinha os olhos na moça. –  Enfim, aí está o tesouro que tanto procurávamos, aí, diante de nós, brilhando, resplendente. Mas duvidamos ainda, não nos atrevemos a acreditar, fazendo-nos ofuscados, como se viéssemos das trevas para a luz."


(Gustave Flaubert- Madame Bovary)

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